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Sobre Nutrição e Valorização



Uma crença frequente, que explica muito da nossa ansiedade em torno da desvalorização, é a de que somos o que ganhamos em remuneração. Ao acreditarmos nisso, queremos dizer que é muito bom ter dinheiro e que nossa renda é a fonte de informações sobre nosso caráter, inteligência, moralidade, resumindo, que o dinheiro é a definição de sucesso. Quanto maior a nossa renda, maior o nosso significado perante a sociedade.

Dá a entender que parece ser impossível ser uma boa pessoa, excelente nutricionista e não ter dinheiro. Será que faz sentido?

Podemos olhar para a economia de forma simples, para a forma como salários são determinados. E aqui é importante, pois remunerações e pisos salariais não são definidos pelo tamanho do valor humano de alguém ou contribuição social dessa profissão.

O salário é simplesmente o resultado da relação com que certas pessoas querem um serviço com o número de pessoas que são capazes de oferecê-lo. Se muitas pessoas podem realizar tal tarefa, mesmo que seja algo nobre para a vida, será oferecido pouco dinheiro para isso. Por outro lado, se houver poucas pessoas oferecendo um serviço, mesmo que seja algo banal como chutar uma bola ao gol, se houver grande demanda, os salários serão elevados.

O dinheiro não é uma medida precisa do valor humano dentro de qualquer profissão. Talvez não possamos mudar facilmente a quantidade de pessoas que ganham o que acham justo, mas podemos mudar a forma como julgamos os ganhos. Não acredito ser uma questão simplesmente política ou sindical, é uma questão de mudarmos a forma como avaliamos, oferecemos e comunicamos produtos/serviços.

Podemos usar nossa imaginação e criatividade para lembrar e ter em mente tudo o que não é quantificado em um salário/custo, em nossas vidas e nos outros. Todos os graus de inteligência, cuidado, dedicação, empatia e criatividade que podem estar presentes, mas que não estão no agregado de uma remuneração

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